sexta-feira, dezembro 05, 2008

Contributo do Enfermeiro na Promoção da Saúde Mental


A importância do enfermeiro (especialista) na promoção da saúde mental

“A SPESM é uma associação científica sem fins lucrativos, criada em Julho de 2007 com o intuito de colmatar uma lacuna existente na área da enfermagem: o facto de não existir, até então, nenhuma sociedade que representasse os enfermeiros de forma gobal na área da saúde mental. Sendo os enfermeiros o maior grupo profissional que trabalha no âmbito da saúde, o que verificamos contudo é que na concepção dos planos a sua participação é residual. Questionamos o porquê desta situação? Será apenas uma questão de poder? Acreditamos que quem perde somos todos, com maiores repercussões para as pessoas que sofrem de doença mental. Os enfermeiros poderiam dar um contributo valioso nesse sentido, porque na actualidade possuem, as habilitações académicas em situação de paridade com os outros profissionais, e são aqueles que melhor conhecem a realidade, os internamentos, a comunidade, as famílias, etc. Existem já um número significativo de enfermeiros de norte a sul do País com o grau de Doutor, que devem ser potenciados.

Nesse sentido, com a constituição da SPESM pretendemos também marcar a nossa posição, demonstrando que temos ideias e que pretendemos ter uma participação activa para, não só, acartarmos depois com as consequências das leis mas também auxiliarmos na criação das mesmas. Como surgiu?: a ideia nasceu num grupo de amigos, em 1998, que frequentavam a Especialidade em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, na Escola Superior de S. João/ Porto. Entretanto, passamos do dizer ao fazer e em Junho de 2007, efectuar o seu parto, com a escritura pública e a legalização da SPESM, que logo integrou pessoas interessadas nesta área de todos os locais do país. Um dos principais objectivos da Sociedade prende-se com a divulgação científica, a formação e a investigação, ao nível dos trabalhos e boas práticas que efectivamente existem de Norte a Sul do País. O problema é que esses exemplos são muito localizados e não se fomenta a partilha porque não existia nenhuma estrutura que seja capaz de realizar a compilação dessas boas práticas e as coloque à disposição de outros para que as pudessem replicar”.
Produção científica
“Neste primeiro ano realizamos já duas reuniões científicas, uma dedicada essencialmente aos aspectos relacionados com a concepção de cuidados, onde incluímos a classificação internacional para a prática da enfermagem e os sistemas de informação. De salientar que existem já alguns hospitais, como o Magalhães Lemos, que desde 2003 possui um registo electrónico dos cuidados de enfermagem através de um aplicativo, (Sistema de Apoio à Prática de Enfermagem), em que todos os cuidados são informatizados, o que constitui uma mais-valia substancial porque nos permite documentar todo o trabalho desenvolvido pelos enfermeiros, quer em termos de diagnóstico, quer em termos de intervenções, e permite-nos depois avaliar se essas intervenções são eficazes ou não.
A primeira reunião científica, realizada em Novembro de 2007 no Hospital Magalhães Lemos, foi essencialmente dedicada a esse tema: a concepção de cuidados e os sistemas de informação. Em Abril realizámos outra reunião científica em Viseu, onde versámos essencialmente as competências dos enfermeiros especialistas em saúde mental. Esta é uma área onde impera ainda algum cinzentismo, ou seja, ainda não estão definidas as competências especificas/acrescidas de um enfermeiro especialista. E agora estamos envolvidos na organização do nosso primeiro Congresso Internacional, que visa dar continuidade a isso: divulgar o que se faz bem nas diferentes. Com pouco mais de um ano de existência, a Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental (SPESM) vai demonstrando o dinamismo e a irreverência características da juventude. Depois de organizar duas reuniões científicas e de projectar a edição de uma revista científica, área de Enfermagem de Saúde Mental, na agenda encontra-se a realização do Forum de Saúde Mental, a realizar em meados de 2009 (Maio de 2009).

Na primeira pessoa, Carlos Sequeira, Presidente da SPESM, apresenta-nos esta nova sociedade científica, criada com o objectivo de aglutinar todos os enfermeiros que se interessam pela saúde mental, para promover por esta via, a partilha de boas práticas na área, conferir uma maior visibilidade às mais-valias resultantes de uma aposta na colocação de enfermeiros especialistas em equipas dedicadas à promoção da saúde mental e de contribuir, com uma maior representatividade por parte dos enfermeiros, peça chave, na prestação de cuidados de saúde, na tomada de decisão politica sobre a saúde mental. È inconcebível que o maior número profissional nesta área tenha tão poucas responsabilidades politicas na mesma. Na nossa opinião, na génese das políticas devem estar os actores que as irão concretizar, por uma questão de responsabilidade e de integridade.
Mais informações sobre a entrevista na revista Dependências, Edição de Novembro de 2008.

sábado, maio 24, 2008

I Congresso da SPESM - Congresso em Saúde Mental


I Congresso da SPESM : A Saúde Mental e o Equilíbrio Social

Congresso - 29 a 31 de Outubro de 2008 - Porto

Cursos pré congresso – 28 de Outubro de 2008


Participe com comunicações Livres/posters regulamento no site da SPESM (http://www.spesm.org/)


Programa

29 de Outubro de 2008
09.30
Recepção aos participantes
09.45
Apresentação do programa à comunicação social

10.00 Sessão de abertura

Bastonária da Ordem dos Enfermeiros

Maria Augusta Sousa

Presidente da Secção regional do Norte da OE

Germano Couto

Director de Enfermagem do Hospital Magalhães Lemos

João Teles
Presidente da Câmara de Gondomar

Major Valentim Loureiro
Presidente da SPESM
Carlos Sequeira

10.30
Mesa Redonda: Saúde mental e o equilíbrio social

Moderador : Mário Ávila - ISJD

Promoção da saúde mental: uma Ponte para o equilíbrio

Dr. António Leuschner - Director do HMLemos Porto
Do internamento à comunidade: (Desinstitucionalização): Quais os riscos?

Ana Sara Brito - Enf, Vereadora CMLisboa

Situações críticas na Família - importância o suporte familiar

Paulo Seixas, Prof. Universidade Fernando Pessoa

12.00
Conferência: Promoção da Saúde Mental: Cuidar-se para cuidar melhor
Moderador: José António Pinho, Enf. - Direcção da SPESM
Comentador: Graça Pimenta, Prof. ESEP
Prelector
Teresa Lluch, Professora Catedrática - Universidade de Barcelona.


13.00 Intervalo para almoço
14.30
Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016

Moderador: Enf. António Nabais, Enf. Presidente da Comissão da Especialidade de Enf. Saúde Mental da OE.
Estratégias de implementação do Plano: implicações nos hospitais psiquiátricos, Casas de saúde,..

Prelector a confirmar
Balanced Scorecard na Administração Pública: Aplicação ao "Programa integrado para Doentes Mentais Graves”
Amélia Esteves, Enf. Especialista – HST- Viseu

Articulação entre o Plano de saúde mental e (ACS) - Unidades de cuidados na comunidade

Glória Butt, Enf. Especialista - CSVagos
Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental

Drª. Inês Guerreiro - UMCCI

16.00
Comunicações livres

Moderadores:

Noémia Rodrigues, Enf. -CHP - Lisboa

Joaquim Passos, Enf. - HSMM - Barcelos

Posters

Painel de Avaliação

Sandra Liliana, Enf. - HML - Porto

Mário Teixeira, Enf. - H. Setúbal


18.00 Encerramento dos trabalhos
20.00 Jantar (Actuação das tunas)

30 de Outubro de 2008

09.30
Debate: Concepção de cuidados em Enfermagem de Saúde Mental: estado da Arte
Moderador: António Carlos Beja, Prof. - ESS-Beja
A realidade em Espanha – Diagnósticos de Enfermagem (NANDA), NIC e NOC.
Mercedes Apalategui, Professora Catedrática - Universidade de Barcelona
A realidade em Portugal no Contexto da saúde Mental – que desafios para o futuro.
Carlos Sequeira Enf. -Direcção da SPESM

10.30 Intervalo para café
11.00
Saúde mental na comunidade: utopia ou realidade
Moderador: Paulo Passos – CS Braga
Saúde Mental na Comunidade: contributos da enfermagem para a gestão dos sinais e sintomas
Isabel Carvalho - HMLemos
Projecto de saúde mental nas escolas
Lurdes Silva - Centro de Saúde de Famalicão

Da sobrecarga à eficácia de um programa de intervenção (informoterapia) em cuidadores informais de idosos com demência

Ana Silva – Centro de Saúde de Santarém

13.00 Almoço (Convívio com associações de doentes)

14.30
Mesa Redonda: Violência e saúde mental
Moderador: José Aguiar, Enf. HML
Estratégias de intervenção: Na comunidade: Bullying; mobbing,
Salvador Araújo, Eng - ESEIG
Projecto Internacional: E- psychiatric – Nurse : Avaliação e Gestão da violência em saúde mental – prevenção de comportamentos agressivos
Luís Rocha, Enf. – CHPL Lisboa
Como preparar as pessoas e para o fenómeno da violência: Estratégias de intervenção
Rui Mota Cardoso - Prof. FM-UP

Estratégias de prevenção da violência Laboral
Luís Sá, Enf. - Direcção da SPESM

16.00 Comunicações livres

Moderadores:
Carlos Vieira, Enf. - CSS. José

Isilda Ribeiro, Prof. ESEP

posters

Painel de Avaliação
Sandra Moreira, Enf. - HPH - Matosinhos

Arlete Lourenço, Enf. - HD Faro

Espaço Leitura: debate livre com os autores
Exposição de obras

20.00h Jantar de Encerramento

31 de Outubro de 2008

09.30
Repercussões da doença Mental: Instrumentos de avaliação e estratégias de intervenção
Moderador: Regina Sousa - Uni. Católica Portuguesa - Porto

Instrumentos de avaliação das repercussões dos filhos e cônjuges de doentes “psicóticos”
José Carlos Carvalho - SPESM
Como ajudar as famílias a lidar com as problemáticas de dependência

Etelvina Luz - CRI-LO, UT Sintra
Consulta de Enfermagem em Saúde Mental: Quando, como (procedimento) e onde?
Margarida SottoMayor/Susana Machado - HML - Porto

11.00 Intervalo para café


11.30 Conferência de Encerramento do congresso

Intervenções Psicoterapêuticas: Implementação e resultados de eficácia no internamento e na comunidade

(a confirmar)



12. 30
Sessão de Encerramento do Congresso da SPESM
Entrega dos prémios: comunicações livres e pósters.

Luis Silva, Enf. HML - Porto


Apresentação das conclusões à comunicação social


Nota: Mais informações através do mail: dir.spesm@gmail.com, ou congresso.spesm@gmail.com,


sexta-feira, maio 23, 2008

Cursos Pré Congresso

Cursos Pré Congresso

28 de Outubro de 2008
09-13 horas
Intervenção por Relaxamento/hipnose
Coordenadores: Filipe Moreira/Rui Pinto (CRIC – Unidade de Cedofeita)

Intervenção Breve na cessação tabágica
Coordenadores: Jorge pereira (HML - Porto / Manuela Lima (CS Foz)

28 de Outubro de 2008
14-18 horas
Intervenção no Luto
Coordenadora: Liliana Ferreira - UAP - IDT
Formadora: Liliana Ferreira ; Zélia Teixeira - UAP - IDT

Programa
1. Princípios de adaptação ao luto nos vários modelos;
2. Respostas físicas, emocionais, comportamentais e cognitivas ao luto;
3. Luto na Infância: aspectos gerais, específicos e desenvolvimentais. Intervenção;
4. Luto na adolescência: aspectos gerais e específicos. Morte de pais, de irmãos, de amigos. Intervenção;
5. Luto na idade Adulta: luto parental, luto conjugal, luto filial. Intervenção Apresentação de materiais e técnicas de intervenção;
6. Ilustração de casos;

Sistemas de Informação: CIPE/SAPE
Coordenadoras: Lucília Vale (CSBJ – Braga)/Delmina Afonso (HML – Porto)
Formadores: Lucilia vale; Delmina Afonso; Carlos Sequeira; José Carlos Carvalho

Programa:
Avaliação Inicial – o que documentar;
Diagnósticos de Enfermagem;
Intervenções de Enfermagem;
Resultados Sensíveis aos cuidados de enfermagem – Ganhos em Saúde
Estratégias para o futuro.


Regulamento de comunicações-Pósters

_____________________________________________
Regulamento de participação
comunicações/ pósteres

______________________________________________
Caros colegas,
O I congresso da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, tem por objectivo reunir os profissionais, com interesse na saúde mental e psiquiatria, nos domínios da prática clínica, gestão e formação, a fim de reflectirem em conjunto sobre a assistência ao doente mental. Pretende-se com este evento divulgar o estado da arte, disseminar e promover as práticas de excelência no âmbito da saúde mental.

Por isso, convidamos todos os colegas especialistas e não especialistas, a apresentarem os seus trabalhos, as suas experiências, as suas reflexões, contribuindo para um maior enriquecimento cientifico do congresso.

O tema que este congresso propõe coloca uma ênfase muito particular na noção do contributo da saúde mental para o equilíbrio social.

Na actualidade, os contextos em que se inserem as pessoas concorrem para um conjunto de fragilidades sobre as quais é importante reflectir, para não comprometer o equilíbrio social das quais destacamos:
1. Os contextos da assistência caracterizados por uma abordagem essencialmente tecnocientífica da saúde;
2. A desvalorização da pessoa no local de trabalho, na família, no social,...;
3. A aceleração dos ritmos de vida e trabalho;
4. O predominância do controlo;
5. As projecções para o envelhecimento, da depressão, da tentativa de suicídio, (...);

_________________XXXXX___________________
Participe com comunicações, para apresentação oral ou em forma de poster,
A sua proposta deverá ser apresentada de acordo com o documento em anexo até 30 de Setembro de 2008, enviada por correio electrónico para:
congresso.spesm@gmail.com

A decisão de aceitação será comunicada aos autores até 10 de Outubro de 2008.

De modo a facilitar o processo de participação apresentam-se um conjunto de orientações que deverá seguir na redacção da sua comunicação.

INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO RESUMO

1– Os trabalhos devem incidir na área da saúde mental/psiquiatria. São aceites trabalhos de investigação, ou de caracterização de boas práticas.

2 – O autor que apresenta o trabalho deve obrigatoriamente estar inscrito no Congresso. Apenas serão certificados os autores/co-autores inscritos no congresso.

3 – O texto deve ser escrito em duas páginas A4 (máximo), letra arial n.º 10. Escrever o título em maiúsculas, na linha seguinte, nome dos autores, títulos e instituições. Sublinhar o nome do autor que apresenta o trabalho.
Exemplo:
SOBRECARGA DO CUIDADOR
Carlos Sequeira, Prof. Adjunto, Escola Superior de Enfermagem do Porto;
José António Pinho, Enfermeiro Chefe, Centro Hospitalar do Porto, UCI.

5 – Para os trabalhos de investigação, o texto deverá conter:
introdução/enquadramento do tema; os objectivos, a metodologia, os resultados, as conclusões e as referências bibliográficas.

6 – Para os trabalhos de boas práticas, o texto deverá conter:
Introdução/enquadramento no contexto; os objectivos, o procedimento utilizado, os resultados e as conclusões/reflexões.

7 – As comunicações livres não poderão, em caso algum, ultrapassar os 10 minutos. Os posters não deverão exceder 100 cm de altura e 80 cm de largura.

9 – Será atribuído um prémio à melhor comunicação livre e ao melhor póster.

10 – A avaliação é da responsabilidade da comissão científica do congresso.

Enviar proposta para:
congresso.spesm@gmail.com
Ou para:
A/C Prof. Carlos Sequeira/José Carlos Carvalho
Escola Superior de Enfermagem do Porto,
Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 4200-072 Porto

I congresso da SPESM:
A Saúde Mental e o equilíbrio social
Porto- 29, 30 e 31 de Outubro de 2008


Resumo de proposta de comunicação oral
________________________________________________
Pessoa de contacto relativo à presente proposta e mencionado como 1º autor :

Nome : ______________________________________________
Categoria profissional: ____________________________________
Local de trabalho: ______________________________________
Endereço para correio:____________________________________
Código postal : _____________ // ________
Localidade: ___________
País: ___________________
Tel.: ____________________
E-mail: __________________________________________

Comunicação Oral _________Póster__________
Duração : 10 minutos (agradecemos que tenha em consideração este tempo máximo).

Outros eventuais autores (Máximo de cinco por comunicação/póster
1 ____________________________________
2 ____________________________________
3 ____________________________________
4 ____________________________________

A entregar até 30 de Setembro:

quinta-feira, maio 22, 2008

Local do Congresso


Auditório Municipal de Gondomar

Localização >>> Clique aqui

quarta-feira, maio 21, 2008

Organização (Staff)

Presidente do Congresso:
Carlos Sequeira

Comissão Cientifica
Carlos Sequeira (ESE - Porto)
Luís Octávio de Sá (ESVA - Famalicão)
Glória Toletti (ESE- Lisboa)
José Carlos Carvalho (ESE - Porto)
José António Pinho (HCP - Porto)
Luís Silva (HML - Porto)
Delmina Afonso (HML - Porto)

Comissão Organizadora:
Apoios
António Carlos (HST- Viseu)
Maria do Carmo (HST- Viseu)
José Mário (HML- Porto)
Dinamizadores Locais:
Gabriel Rodrigues (CSCP - Madeira)
José Martins (HDESPD - Açores)
Alexandre Costa (HCL - Lisboa)
Luís Matias (HCL - Lisboa)
Raul Cordeiro (ESS - Portalegre)
Amadeu Gonçalves (ESS - Viseu)
Paulo Viegas (CH - Coimbra)
Paula Palmeira CSBJ - Braga)
Luís Machado (CSBJ - Barcelos
Secretariado
Rita Gonçalves (CSBJ - Braga)
Bruno santos (CSBJ - Braga)
Graça Farelo (HPH - Matosinhos)
Alice Monteiro (IPO - Porto)
Olinda Carmo (HSJ - Porto

Organização:

Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde mental

http://www.spesm.org/

http://spesm-saudemental.blogspot.com/,

Contactos:
E-mail: congresso.spesm@gmail.com, dir.spesm@gmail.com,

A/C Prof. Carlos Sequeira/José Carlos Carvalho
Escola Superior de Enfermagem do Porto
Rua Dr. António Bernardino de Almeida, S/n
4200-072 Porto


Enquadramento

Este congresso insere-se no âmbito das actividades regulares da SPESM, no qual se pretende debater o “estado da arte” da saúde mental em Portugal.

De modo a permitir a divulgação de um maior número de experiências/conhecimentos, a organização vai possibilitar um espaço de debate através das comunicações livres e posters que complementem o programa científico.

Objectivos

Reflectir sobre estratégias promotoras de saúde mental, como pilar fundamental para a Qualidade de Vida das pessoas.

Divulgar práticas de cuidados numa perspectiva multidisciplinar, de modo a envolver as pessoas, as famílias, os cuidadores informais e a comunidade, na prevenção da doença, no tratamento, na reabilitação, na reinserção e na promoção da saúde mental.

Partilhar experiências/projectos de intervenção dirigidos a pessoas/grupos específicos e contextos que estimulem/promovam as capacidades individuais de modo a melhorar a funcionalidade, a autonomia e a saúde mental.

terça-feira, maio 20, 2008

APOIOS


Câmara Municipal de Gondomar
http://www.cm-gondomar.pt/

Banco Santander
www.santandertotta.pt

Laboratórios Lilly
www.lilly.com

Laboratórios Pfizer
http://www.pfizer.pt/

Quarteto Editora
http://www.quarteto.pt/


domingo, maio 18, 2008

Artigos - Livro do Congresso

Modelo dos Artigos do Livro do I Congresso Internacional da SPESM

Caro Palestrante,
Neste documento, apresentamos as regras de redacção dos artigos a submeter à Comissão Científica, para publicação no livro do I Congresso Internacional da SPESM.
Pretendemos uniformizar os artigos de modo a que a edição e a produção do livro esteja pronta à data do Congresso.
Dead-line para envio dos artigos: 20 de Setembro de 2008. No máximo poderemos aceitar artigos até ao dia 30 de Setembro.
Envie o artigo para congresso.spesm@gmail.com;
A não utilização deste modelo pode levar à rejeição do artigo.
Os artigos publicados são propriedade da SPESM, cuja responsabilidade pelo seu conteúdo será sempre dos autores.

FORMATO DO ARTIGO
Título:
Primeiro autor (nome, categoria profissional, local de trabalho e e-mail)
Segundo autor (nome, categoria profissional, local de trabalho e e-mail)
Terceiro autor (nome, categoria profissional, local de trabalho e e-mail)
Resumo: Deve conter entre 100 a 200 palavras.
Palavras-chave: Até ao máximo de quatro palavras-chave, separadas por ponto e vírgula.

1. INTRODUÇÃO
2. METODOLOGIA
2.1. Participantes (população e amostra)
2.2. Instrumentos
2.3. Procedimentos
3. ANÁLISE DOS RESULTADOS
4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
5. CONCLUSÕES
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


NORMAS PARA A REDACÇÃO DOS ARTIGOS
Letra: Arial 11
Espaçamento: 1,5 espaços entre parágrafos
Tipo de artigos: Centrados na pesquisa empírica, nas práticas profissionais, bem como artigos de revisão bibliográfica, de opinião e reflexões críticas.
Citações: Todos os nomes de autores citados devem ser seguidos da data de publicação e ordenados alfabeticamente no último tópico do artigo (referências bibliográficas). Citações literais devem conter o número da página do trabalho do qual foi retirada, apresentada entre aspas, com recuo à margem esquerda, quando citações longas. Atenção: não utilizar os termos apud, op. cit., id. ibidem, e outros; pois estes não são aceitos pela APA.
http://www.apastyle.org/


Exemplos de referências bibliográficas:

Marantes, I. & Pinto, F. (2005). Dor crónica e medicina física e de reabilitação. Dor, 13 (3), 19-24.

Marconi, M. & Lakatos, E. (1996). Técnicas de pesquisa (3ª ed.). São Paulo: Editora Atlas.

McIntyre, T. & Araújo-Soares, V. (1999). Inventário da depressão de Beck: estudo de validade numa amostra de doentes com dor crónica. In Avaliação Psicológica: Formas e Contextos, (Vol. VI, pp. 246-255). Braga: Associação dos Psicólogos Portugueses.

Estilo do artigo: A linguagem utilizada no texto deve ser clara e apropriada ao modelo científico e a ortografia, a gramática e a pontuação deverão ser correctamente empregues. Poupe nas vírgulas e gaste nos pontos finais. A fundamentação teórica das ideias desenvolvidas, a adequação da metodologia utilizada para a exploração do conteúdo proposto e a revisão bibliográfica utilizada no texto deverão ser condizentes com o tema. A actualidade das obras e artigos citados também será considerada, bem como as articulações entre os diferentes autores. Os dados deverão ser interpretados adequadamente e as conclusões apresentadas no texto têm que responder aos objectivos do artigo. Deve haver articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos abordados.
Nº de páginas: O artigo completo deve ter no máximo até 8 páginas. Não incluir anexos.

Gráficos, tabelas e figuras: Devem ser convertidos em figuras (jpeg ou gif) e introduzidas ao longo do texto. Para tabelas e quadros o tamanho da letra pode ser reduzido a tamanho 9 e sem espaçamentos.

sexta-feira, abril 18, 2008

Plano Nacional de Saúde Mental

Plano Nacional de Saúde Mental 2007 – 2016
Tomada de Posição da SPESM


A SPESM – Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, congratula-se com a publicação do Plano Nacional de Saúde Mental, com um alcance até 2016.

Trata-se de um plano que de forma explícita recomenda uma maior focalização da assistência em saúde mental em profissionais “não médicos”, na qual salienta a necessidade de participação de um maior número de enfermeiros, facto que consideramos muito positivo.
Neste plano existe a intenção, pelo menos no papel, de investir na promoção da saúde mental e deslocalizar os cuidados do Hospital para a Comunidade, o que no entendimento da SPESM, também é muito positivo.
Contudo, alertamos todos os actores, em especial, os decisores que não chega colocar as orientações no papel, para que elas se concretizem.
Neste sentido, queremos deixar claro o nosso pensamento sobre o plano, sobre as premissas que estiveram na sua génese e sobre as estratégias a adoptar para a sua implementação.

  • Este plano, nasce de um Relatório da Comissão Nacional para a Reestruturação dos Serviços de Saúde Mental em Portugal, que é omisso, no que se reporta ao trabalho dos enfermeiros. Não discrimina o trabalho dos enfermeiros, nem o trabalho dos enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, o que nos parece estranho, atendendo a que se trata de um relatório para a reestruturação dos serviços de Saúde Mental.
    Em Portugal existem cerca de 1000 enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, com intervenções diferenciadas dos enfermeiros não especialistas, em função das competências específicas que possuem nesta área e, obviamente, com responsabilidades acrescidas, pelo que lamentamos, o relatório não mencionar estes factos.
    É importante alertar os decisores que é necessário fazer um gestão adequada deste recurso (enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde mental). Estes devem ser colocados ao serviço das pessoas, na promoção da Saúde Mental, na prevenção, tratamento, reabilitação e reinserção da pessoa com doença mental. Não faz sentido investir nestes profissionais e depois colocá-los a exercer funções, que em alguns casos, não estão relacionadas com a Saúde Mental das pessoas.
    Este desiderato só poderá ser atingido se conhecermos a realidade concreta relativamente a estes actores, ou seja, onde estão e o que fazem.

  • É necessário dotar as equipas de Saúde Mental na comunidade com enfermeiros especialistas nesta área, uma vez que são os únicos, com competências especificas nesta área.
  • É necessário efectuar a devida articulação entre o Plano de Saúde Mental e os agrupamentos dos Centros de Saúde, mais concretamente no que se reporta às equipas de cuidados na Comunidade.

  • Salientamos que os problemas das pessoas em termos de Saúde Mental não se circunscrevem à doença. Este tem sido o erro dos planos de saúde ao longo de décadas. É claro que as doenças (esquizofrenia, depressão, demência, suicídio, etc.) são problemas graves e que necessitam de respostas adequadas. Mas, as pessoas com problemática mental também necessitam de cuidados de Enfermagem e de cuidados de Enfermagem especializados, quer na comunidade, quer no internamento. Era muito importante o relatório descrever quais os diagnósticos de Enfermagem nos diferentes contextos em que os enfermeiros intervêm de forma autónoma ou interdependente.
    Não se percebe essa omissão, no relatório da comissão de reestruturação dos serviços de Saúde Mental, quando há hospitais psiquiátricos (Hospital Magalhães Lemos) que até já dispõe desses dados em suporte electrónico, pelo que é muito fácil saber quais são os diagnósticos de enfermagem, ou seja, quais as necessidades das pessoas em cuidados de Enfermagem, no internamento, que intervenções os enfermeiros implementam e com que resultados.
  • Esta tomada de posição alerta para que um diagnóstico correcto, pressupõe uma “radiografia” ao todo e não apenas a uma parte. Daí a necessidade de uma maior atenção aos enfermeiros que concorrem de forma decisiva para a melhoria da saúde mental das pessoas. Os fármacos não serão suficientes se o enfermeiro não estabelecer uma relação terapêutica com a pessoa, não intervir adequadamente; na agitação, nas alterações do pensamento, na motivação para a adesão à terapêutica, na monitorização da terapêutica, não contribuir para a adopção de estilos de vida saudáveis, etc.
    Se estas respostas não forem satisfatórias será necessário um maior investimento na medicalização, com custos mais elevados em termos económicos e sociais.

    Por exemplo:
    Ao nível dos cuidadores informais os enfermeiros, podem e devem, desempenhar um papel mais pro-activo ao nível da informação, formação, preparação para o desempenho do papel e no alívio da sobrecarga.
    Os Enfermeiros têm investido nesta área e até produzido investigação em Universidades Portuguesas de reconhecido mérito (omitida no relatório) que deve ser aproveitada e implementada. É necessário cuidar dos cuidadores, para que estes possam cuidar em segurança e no domicílio dos seus familiares.

    Em síntese, devem-se efectuar esforços para articular os diferentes saberes, incluindo os enfermeiros da prática clínica, da prática docente e da gestão, em parceria com outros profissionais, de forma não corporativa, a trabalhar em “prol” da Saúde Mental das pessoas.
    Só assim, será possível que a reforma da Saúde Mental se concretize na prática.

    A SPESM estará sempre empenhada e disponível, para em conjunto, contribuir para melhorar as respostas promotoras de Saúde Mental.

quarta-feira, abril 02, 2008

IV Congresso em Saúde e Qualidade de Vida

LOCAL: Escola Superior de Enfermagem do Porto

Unidade de Investigação da ESEP
Nucleo de Investigação em Saúde e Qualidade de Vida

15 e 16 de Fevereiro de 2009 – Congresso

13 e 14 de Fevereiro de 2009 – Cursos pré- congresso



INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO RESUMO

1. Os trabalhos científicos devem corresponder a estudos inseridos na área da saúde e qualidade de vida, privilegiando-se investigações empíricas.

2. As apresentações devem ser inéditas, não podendo o trabalho ter sido publicado ou apresentado em eventos científicos anteriores.

3. São contempladas duas formas de apresentação: comunicação oral e póster.

4. As comunicações orais terão a duração máxima de 15 minutos.

5. Os pósteres não poderão exceder 100 cm de altura e 80 cm de largura.

6. O resumo da proposta não deve exceder 250 palavras para além do título.

7. O resumo da investigação empírica deve integrar os objectivos, o método (modo de selecção e número de participantes, instrumentos usados e procedimentos seguidos), os resultados e as conclusões.

8. Apesar da preferência por investigações empíricas, a Comissão Científica poderá, ainda, seleccionar comunicações teóricas de revisão bibliográfica. Neste caso, a proposta deve incluir objectivos; contexto (resumo conciso que contextualize a comunicação a apresentar); e conclusão.

9. O texto do resumo deve ser dactilografado em letra Arial 11.

10. O resumo deve ser enviado por correio electrónico. No caso de pretender enviar por correio normal, deve anexar disquete com ficheiro TXT, RTF ou DOC e 3 cópias.

11. A data limite para o envio dos resumos é até 31 de Outubro de 2008.

12. A aceitação ou recusa do resumo será comunicada até 14 de Novembro de 2008.

13. O autor responsável pela apresentação do trabalho deve estar inscrito no Congresso.

14. A selecção dos resumos será da responsabilidade da Comissão Científica do Congresso.

15. Todos os pedidos de devolução do material entregue devem ser requeridos por escrito à Comissão Científica.

A Comissão Organizadora prevê a publicação das Actas do Congresso. Todos os trabalhos aceites podem constar nesta publicação. Para tal, deve enviar o artigo a publicar até à data limite de 28 de Novembro de 2008. A apresentação deve ser efectuada em letra Arial 11, dois espaços e não exceder 6 páginas A4. Recomendamos as normas portuguesas (NP405-1) para as referências bibliográfica. A apresentação deve incluir o título do trabalho em maiúsculas e na linha seguinte os autores. O corpo do trabalho deve ser subdividido de acordo com os pontos 7 e 8. Não inclui o resumo que será publicado no livro de resumos.

Cursos Pré-Congresso
Terapias em saúde: Massagem terapêutica
Programação neurolinguística
Empreendedorismo
Grounded Theory

Número mínimo de participantes por curso – 10
Horário de funcionamento: 09 – 13 e 14 – 17 horas (total de 7 horas/curso)
----------------------------------------------------------------------------
Temas do Congresso
Comportamentos de adesão na saúde;
Actividade física e desporto em saúde;
Comportamentos e saúde em jovens;
A doença e suas implicações na QV;
Qualidade de Vida, bem-estar e satisfação;
Gravidez e maternidade;
Qualidade de vida e o contexto laboral;
Obesidade e comportamentos alimentares;
Cuidados continuados e QV
Ritmos biológicos e QV;
Padrões de Qualidade dos contextos de aprendizagem;
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Conferências
Sofrimento e a morte
Envelhecimento bem sucedido
Variáveis positivas da Saúde e QV
Adaptação aos processos de transição na família
----------------------------------------------------------------------------

Enviar resumo(s) para:

Escola Superior de Enfermagem do Porto
Unidade de Investigação da ESEP
Nucleo de Investigação em Saúde e Qualidade de Vida
Rua Dr. António Bernardino de Almeida
4200 – 072 Porto
Tel: (+351) 225 073 500 / Fax: (+351) 225 096 337
E-mail: uisqv@esenf.pt mailto:celiasantos@esenf.pt

sábado, março 29, 2008

Legislação de saúde mental


SAÚDE MENTAL

· 1963 - Lei da Saúde Mental (Lei n.º 2118 de 3/4) - estabelece os princípios gerais da política e regulamenta o tratamento e internamento; estabelece ainda os princípios orientadores para a descentralização dos serviços através da criação de centros de saúde mental de orientação comunitária (D-L n.º 46102/64 de 28/12).

· 1992 (D-L n.º 127/92 de 3/7 e Port. n.º 750/92 de 1/ - determina a extinção dos centros de saúde mental e tranfere as suas atribuições para hospitais gerais, centrais e distritais. Esta decisão gerou muitas contradições e integrou os cuidados de saúde mental no sistema geral de cuidados de saúde a nível exclusivamente hospitalar…

· 1995 (Desp. Min. 23/ - é Criada a Comissão Nacional de Saúde Mental para propôr um modelo organizacional para o sector.

· 1996 (Desp. n.º 7/96 de 23/ - cria o grupo de trabalho para a revisão da lei de saúde Mental.

· 1997 (D-L n.º 122 de 20/5)- é criada a Direcção de Serviços de Psiquiatria e Saúde Mental.

· 1998 (Lei n.º 36/98 de 24/7) - Lei de Saúde Mental. A lei estabelece os princípios gerais da política de saúde mental e regula o internamento compulsivo. Enuncia (no art. 3º) como princípios gerais a promoção de cuidados na comunidade, num “meio menos restrito possível”, com internamentos em hospitais gerais, assegurando a reabilitação psicossocial através de “estruturas residenciais, centros de dia e unidades de treino e reinserção profissional, inseridos na comunidade”, devendo a prestação de cuidados proposta ser assegurada por equipas multidisciplinares.

· 1998 (Desp. Conj. n.º 407/98 de 18/6) propõem a intervenção articulada do apoio social e dos cuidados de saúde continuados, definindo objectivos para uma área de intervenção em situações de dependência, entre as quais as situações de doença mental, com o desenho de equipamentos específicos para esta população. Mais tarde é convertido em Plano Nacional de Cuidados Continuados Integrados” (13/12/2001), sendo criada a Rede de Cuidados Continuados em saúde em 2003 (D-L n.º 281) e, em 2006, a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (D-L n.º 101 de 6/6).

· 1998 (Portaria nº348-A/98) – Define o regime a que obedece o reconhecimento e a concessão de apoios técnicos e financeiros às empresas de inserção, enquanto medida política activa de emprego, como tentativa de combater a pobreza e a exclusão social que constituem um impedimento à participação plena da cidadania e a partilha de condições de vida dignas.

· 1999 (Decreto-Lei n.º 35/99 de 5 de Fevereiro) estabelece a organização da prestação de cuidados de psiquiatria e saúde mental. Regulamenta o Conselho Nacional de Saúde Mental e as atribuições dos Hospitais Psiquiátricos.

· 2001 - Relatório Mundial da Saúde (OMS) - Saúde mental: nova concepção, nova esperança.

· 2001 (3º censo psiquiátrico - cf. http://www.dgs.pt/).

· 2001 - Rede de Referenciação de Psiquiatria e Saúde Mental - “os cuidados de saúde mental integrados no SNS são prestados a partir de 41 estabelecimentos (5 hospitais psiquiátricos, 24 departamentos de psiquiatria e saúde mental, 5 serviços de psiquiatria, 1 centro de recuperação psiquiátrica, 3 departamentos de pedopsiquiatria e 3 de centros regionais de alcoologia), distribuídos pelas 5 regiões de saúde (12 no Norte, 12 no Centro, 12 em Lisboa e Vale do Tejo, 3 no Alentejo e 3 no Algarve)”.

· 2001 (Despacho nº364/2001) - Veio consagrar o reconhecimento do stress pós-traumático como causa da diminuição da capacidade geral de ganho, integrando esta patologia no regime de Protecção aos Deficientes das Forças Armadas (DL 43/76 de 21/1), criando uma rede nacional de apoio aos militares e ex-militares portugueses portadores de perturbação psicológica crónica, bem como estabelecendo a organização de prestações de cuidados de saúde no sistema de Saúde Militar.

· 2005 (Desp. Conj. n.º 980 de 21/11) - cria a comissão para acompanhamento da execução regime de internamento compulsivo.

· Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016. Objectivos: assegurar o acesso equitativo a cuidados de qualidade a todas as pessoas com problemas de saúde mental, incluindo as que pertencem a grupos especialmente vulneráveis; proteger os direitos humanos das pessoas com problemas de saúde mental; reduzir o impacto das perturbações mentais; descentralizar os serviços de saúde mental, permitindo a prestação de cuidados mais próximos das pessoas e facilitando a participação das comunidades, dos utentes e das famílias; integrar os cuidados de saúde mental no sistema geral de saúde, tanto a nível dos cuidados primários, como dos hospitais gerais e dos cuidados continuados, de modo a facilitar o acesso e a diminuir a institucionalização.

· Rede Saúde Mental OMS

sexta-feira, março 28, 2008

2ª reunião científica da SPESM

11 de Abril de 2008 – Auditório da Escola Superior de Saúde de Viseu
Manhã
09.00h - Recepção aos participantes

09.30h
Competências dos Enfermeiros em Saúde Mental (moderador: Luís Sá)
Definição de Competências – António Carlos (ESS Beja)
Perspectivas dos Contextos da Prática – Jorge Pereira (HML- Porto)
Perspectivas da OE – António Nabais (Presidente da Comissão - EESMP-OE)
Perspectivas dos Contextos Educativos – José Carlos Santos (ESE Coimbra)
10.45h – Intervalo para café

11.00h – Da necessidade de cuidados às respostas dos Enfermeiros: Que competências em Saúde Mental? (moderador: José A. Pinho)
Pessoa/grupo (Internamento de Psiquiatria) – Armando Mucha (CHVN Gaia)
Criança e Jovem (Pedopsiquiatria) – Maria José Almeida (H. Estefânia - Lisboa )
Idoso (Psicogeriatria) – Margarida Sotto Mayor (HML - Porto)
Pessoa/grupo (Comunidade) – Glória Butt (C. S. Vagos)
Pessoa/grupo - Uso de Substâncias Psicoactivas – Vera (Unidade de desintoxicação - IDT Norte )
Pessoa em Outras Instituições (E. Prisionais) – Jorge Tavares (E. P. Porto)
Pessoa com Doença Oncológica – Alice Monteiro (Hospital Dia - IPO - Porto)

12.30h – Intervalo almoço

Tarde
14.30h - Competências dos Enfermeiros em Modalidades Psicoterapêuticas:
(moderador: José C. Carvalho)
Que Modalidades de Intervenção? (relação de ajuda, reestruturação cognitiva/comportamental, relaxamento, biofedback, histórias de vida......) – Jorge Oliveira (Espaço T - Porto)
Estratégias de formação – Raul Cordeiro (ESS Portalegre)
Estratégias de implementação – Delmina Afonso (HML – Porto) 16.00h - Apresentação e discussão das Conclusões sobre as competências
Grupo de observadores: Luís Silva (HML- Porto); Glória Toletti (ESE - Lisboa) ; Graça Farelo (HPH- Matosinhos); Olinda Carmo (HSJ-Porto), Alexandre Costa (C.H. Lisboa).16.30h - Intervalo para café

17.00h - Apresentação e discussão do projecto:
“Censos de Enfermagem de Saúde Mental” - Carlos Sequeira (SPESM)
1. Caracterização das instituições de assistência em saúde mental (qual a oferta de cuidados disponível)
2. Caracterização dos Enfermeiros (quantos são, que intervenções de enfermagem implementam,..)
3. Quais as necessidades dos utentes em cuidados de enfermagem (morbilidade – diagnósticos de Enfermagem, ..)
4. A formação em enfermagem de saúde mental (Licenciatura, pós-licenciaturas, mestrados, doutoramentos,...)
Candidaturas individuais e colectivas para integrarem o projecto

17.30h – Reunião Geral da SPESM (preparação do congresso anual da SPESM)

segunda-feira, março 24, 2008

1ª Reunião científica da SPESM

23 de Novembro – Auditório do Hospital Magalhães Lemos

Manhã
09.00h - Recepção aos participantes
09.30h - Conferência
Organização dos cuidados de Enfermagem de Saúde Mental: Novos desafios
Prelector - João Teles (Enf. Director do Hospital Magalhães Lemos)
Comentador – Wilson Abreu (Prof. ESEP)
10.15h – Apresentação da Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental (SPESM)
Carlos Sequeira; (Prof. - ESEP); José Carlos Carvalho; (Prof. - ESEP); Luís Sá; (Prof. – ESS- Vale do Ave)
José António Pinho (Enf. Chefe HGSA); Glória Toletti (Presidente da Com. Esp. de ESM da O.E.)
10.45h – Intervalo para café
11.00h – Conferência
Cuidados continuados em Saúde Mental: desafio ou oportunidade?
Maria de Lurdes Almeida e Costa (Enf. Chefe Hospital de Santa Maria. Elemento da Comissão Técnica para a Reestruturação dos Serviços de Saúde Mental)
Comentador – José Carlos Baltazar (Presidente da Com. Enf. Reg. Norte da O.E.)
12.00h – Conferência
Principais necessidades de cuidados de Enfermagem em Saúde Mental
José Manuel Lopes (Prof. Universidade de Évora – ESESJD)
Comentador – António Carlos (Enf. Director IDT)
12.45 – Apresentação do livro “A intervenção terapêutica: fundamentos existencial-humanistas da relação de ajuda” de Jacques Chalifour, Lusociência.
José Manuel Lopes (Prof. Universidade de Évora – ESESJD)
Tarde
14.30h – 17.00h Workshop
Sistemas de Informação em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria – CIPE
Estratégias de Implementação da CIPE no Contexto da SMP

Carlos Sequeira/José Carlos Carvalho
O contexto do Hospital Magalhães lemos: Do caminho percorrido ao caminho a ...
Delmina Afonso ( Enf. Chefe, Adjunta da Enf. Director do Hospital Magalhães Lemos)
Processos de implementação – Estratégias e dificuldades
Alexandre Costa (Enf. Adjunto do Director do Hospital Júlio de Matos)
Paula Palmeira (Enf. Directora Casa de Saúde Bom Jesus de Braga) António Carlos Amaral (Enf. Especialista Hospital S. Teotónio - Viseu)
18.00h – Reunião Geral da SPESM

domingo, fevereiro 24, 2008

Tese de Doutoramento - Carlos Sequeira

Título da Tese
“O aparecimento de uma Perturbação demencial e suas repercussões na Família”

Autor:
CARLOS ALBERTO DA CRUZ SEQUEIRA,
Professor na Escola Superior de Enfermagem do Porto,
Doutor em Ciências de Enfermagem,
E-mail: carlossequeira@esenf.pt

Resumo
O trabalho que serviu de base à tese de doutoramento sobre as repercussões nos familiares cuidadores associadas ao cuidar de idosos dependentes é um estudo que de um modo geral aborda as DIFICULDADES, as ESTRATÉGIAS DE COPING, a SOBRECARGA e a SATISFAÇÃO que os prestadores de cuidados revelam, quando cuidam de idosos dependentes (com e sem demência).É um trabalho que salienta a importância dos enfermeiros efectuarem o diagnóstico e a monitorização das DIFICULDADES/SOBRECARGA dos cuidadores e que descreve formas de intervenção que, possibilitam o desenvolvimento de ESTRATÉGIAS DE COPING e a obtenção de SATISFAÇÃO por parte do cuidador informal, na relação de prestação de cuidados.Apresenta ainda, um modelo explicativo de repercussões associadas ao cuidar e os resultados da validação de instrumentos com interesse para prática clínica, nos domínios supracitados.

Motivações para o estudo
Este trabalho surgiu a partir de um conjunto de motivações pessoais e profissionais relacionadas com: (i) o fascínio pelo envelhecimento como indicador da longevidade humana; (ii) por considerar que as demências constituem um grave problema de saúde pública; (iii) que os cuidadores informais podem desempenhar um papel fundamental na manutenção do idoso no domicílio e na dignificação do cuidar.

Determinantes do estudo
A sociedade actual depara-se com um problema relacionado com o envelhecimento demográfico da população que tem como principal característica, uma maior Longevidade das pessoas, à qual se associa um aumento significativo do índice de envelhecimento e do índice de dependência dos idosos.
A demência constitui uma entidade patológica característica dos idosos e que se caracteriza pelo aparecimento de um conjunto de alterações cognitivas, comportamentais e sociais, com impacto no seu portador e naqueles que o rodeiam.A associação destes dois factores salienta a importância do estudo dos cuidadores informais, que neste contexto, se vêm confrontados com uma situação de dependência, com a qual necessitam de lidar, na maioria das vezes, sem qualquer preparação especifica para o efeito.

Principais objectivos do estudo
· Analisar as relações que se estabelecem entre as variáveis dos diferentes contextos (idoso dependente, cuidador e prestação de cuidados) e determinar o seu impacto em termos de repercussões positivas e negativas;
· Proceder à adaptação e validação da Escala de Sobrecarga do Cuidador de Zarit na população portuguesa, de forma a possibilitar a sua avaliação e monitorização;
· Contribuir para a validação de instrumentos que avaliam as dificuldades (CADI), estratégias de coping (CAMI) e satisfação (CASI) associados ao acto de cuidar;
· Elaborar um modelo preditivo de repercussões, de modo a fornecer contributos para que as intervenções a implementar, sejam capazes de atenuar a sobrecarga e promovam a satisfação.

Aspectos metodológicos
Para a prossecução destes objectivos elaboramos um estudo de natureza essencialmente quantitativa, do tipo analítico, correlacional e comparativo. Utilizamos como grupo de estudo os cuidadores de idosos com demência e como grupo de comparação, os cuidadores de idosos com dependência de causa “física”.
Pretendemos com esta metodologia verificar o impacto do facto do idoso ser dependente devido a uma perturbação demencial em termos de repercussões, ou seja, o contributo das alterações cognitivas e comportamentais associadas à demência, em termos de consequências para o cuidador informal.
Relativamente à dependência dos idosos reportamo-nos a situações de dependência ligeira (inferior a dois anos), para ambos os grupos de cuidadores.
O estudo inclui variáveis agrupadas em quatro contextos principais:
Idoso (sócio-demográficas, morbilidade, dependência, etc.);
Cuidador (sócio-demográficas, estado de saúde, conhecimentos, etc.);
Relação de prestação de cuidados (dificuldades, recursos, estratégias de coping, ajudas, apoios, etc.);
Resultados (sobrecarga, satisfação, etc.).
Utilizamos como instrumentos de colheita de dados:
· Questionário para recolha de informações gerais, sócio-demográficas, clínicas, de repercussões objectivas e de aspectos de natureza qualitativa;
· Índice de Barthel para avaliar o grau de dependência do idoso nas ABVD;
· Índice de Lawton, para avaliar o grau de dependência do idoso nas AIVD;
· MMS para avaliar o comprometimento cognitivo;
· CDR para avaliar o estádio da demência;
· ESSS, para avaliar a percepção com o suporte social;
· CADI para avaliar as dificuldades no cuidar;
· CAMI para avaliar as estratégias de coping utilizadas pelos cuidadores;
· ESC para avaliar a sobrecarga;
· CASI para avaliar a percepção de satisfação com o cuidar.

Principais conclusões do estudo
Os resultados deste trabalho permitem através de um modelo preditivo, identificar as variáveis dos diferentes contextos (idoso dependente, cuidador e prestação de cuidados) que apresentam um valor prognóstico em termos de sobrecarga e de satisfação. Estes dados são fundamentais para possibilitar a implementação de intervenções de Enfermagem com valor efectivo em termos de prevenção da sobrecarga e de promoção da satisfação.

Em termos de sobrecarga as variáveis identificados com valor preditivo significativo no modelo de regressão foram: A presença de uma perturbação demencial; elevada dependência; MMS inferior a 22; o cuidador encontrar-se reformado ou doméstico; ter uma fraca percepção do seu estado de saúde; ser conjugue; não ter ajudas no cuidar; cuidar durante mais de 12 horas por dia; apresentar uma baixa satisfação com o suporte social e elevadas dificuldades no cuidar.

Em termos de satisfação as variáveis encontradas com elevado valor preditivo foram: inexistência de alterações cognitivas; MMS superior a 22; o cuidador apresentar uma boa percepção do estado de saúde; ter uma boa relação prévia com a pessoa alvo de cuidados; uma boa satisfação com o suporte social e utilizar de forma eficaz as estratégias de coping.

Assim, verifica-se que o cuidar está associado a um conjunto de agentes stressores que, são mediados pela relação da prestação de cuidados e da qual pode resultar, em maior ou menor intensidade, sobrecarga e/ou satisfação do cuidador. Constata-se que o cuidar está associado a repercussões positivas e negativas.
Cuidar de idosos dependentes com demência está associado a maiores índices de dificuldades, à adopção de um menor número de estratégias de coping e à obtenção de uma menor índice de satisfação com o cuidar, o que implica maiores repercussões negativas concretizadas em valores de sobrecarga global e parcelar mais elevados (à excepção da percepção de auto - eficácia) comparativamente ao cuidar de idosos dependentes de causa “física”, essencialmente devido às alterações cognitivas e comportamentais que apresentam, das quais se salientam as alterações da memória, a agitação, a agressividade e as alterações de comportamento social, a que os cuidadores atribuem elevadas repercussões negativas.
A sobrecarga está directamente associada às dificuldades (CADI) objectivas e/ou subjectivas que o cuidador experimenta no cuidar.
A adopção de estratégias de coping de forma eficaz (CAMI) e a existência de suporte social (ESSS) são determinantes para os níveis de satisfação (CASI) apresentados pelo cuidador.
A constatação da veracidade destas hipóteses remete-nos para a necessidade de organização das respostas dos serviços de saúde, de forma a transformar as intervenções pontuais em intervenções sistemáticas em articulação com os diferentes agentes formais e informais.
O enquadramento destas respostas deve ter por matriz as necessidades e as dificuldades do cuidador. As modalidades de intervenção individuais e colectivas a implementar deverão ter em atenção as estratégias de coping que os cuidadores utilizam com eficácia, de modo a promoverem a satisfação, a diminuírem o stresse e a sobrecarga associados ao acto de cuidar.
Os instrumentos CADI; CAMI; CASI e ESC, revelam-se instrumentos com interesse para a investigação e para prática clínica, quer no diagnóstico/avaliação da sobrecarga, quer na monitorização/avaliação de programas de apoio ao cuidador.
Devem-se desenvolver novos estudos com estes instrumentos, de modo a validar algumas das alterações sugeridas e aferir a sua consistência atendendo à realidade sociocultural portuguesa.
O reconhecimento de que os cuidadores são agentes fundamentais, na prestação de cuidados de saúde aos idosos com dependência de longo prazo deve constituir uma prioridade para as políticas de saúde, atendendo ao envelhecimento demográfico da população portuguesa e ao aumento da prevalência das doenças crónicas associadas a uma maior longevidade, DE MODO A QUE QUEM CUIDA, NÃO FIQUE POR CUIDAR.
Neste sentido, consideramos que os profissionais de saúde devem ter como alvo da sua atenção, o idoso dependente e o cuidador informal, de modo a intervir de forma efectiva, na relação de prestação de cuidados, facilitando a adaptação de ambos a esta nova realidade (dependência/cuidador).

Nota: Mais informações sobre o estudo podem ser obtidas através do E-mail: carlossequeira@esenf.pt, carlossequeira@clix.pt

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Saúde Mental Positiva do Aluno


Investigação em Curso
(carlossequeira@clix.pt)

Saúde Mental do Aluno: Estratégias de diagnóstico e de intervenção

Introdução
Na sociedade actual a maioria das pessoas vive um período de stresse quotidiano, devido em grande parte, ao estilo de vida adoptado, no qual a competição é o principal denominador. Esta comunalidade, constitui uma realidade nos estudantes do ensino superior que, são alvos de inúmeras pressões, desde a separação física dos pais, à exigência do ensino, à adaptação a uma nova etapa (amigos, meio físico, …), à necessidade de corresponder às expectativas depositadas sobre eles, etc.
Estes factores pode ser percepcionados de forma positiva (bem-estar psicológico), ou de forma negativa (distress psicológico), quando não se verifica uma adequada adaptação.
O ingresso no ensino superior associa-se a um processo de transição que necessita de ser bem nutrido, com conteúdos e apoios, de modo a contribuir para sucesso e a evitar a insatisfação/morbilidade. O período lectivo está recheado de fontes de stresse (frequências, avaliações, ensinos clínicos, competitividade, as notas para ingressos no mundo de trabalho, etc.) que exigem dos alunos a robustez necessária para transformar o possível distress em eutress.
A capacidade para gerir as variáveis positivas em termos de saúde mental são determinantes para proporcionar uma transição equilibrada na tríade secundário – superior - trabalho.
Em termos positivos entende-se a saúde mental como um estado de funcionamento óptimo do ser humano, no qual a promoção das qualidades da pessoa a optimizar o seu potencial é fundamental (Lluch, 2001; 2003).
Os docentes verbalizam com frequência que os alunos revelam elevados consumos de substâncias adictivas (psicofármacos, álcool, drogas, etc.), que por vezes manifestam níveis de ansiedade excessiva, que se encontram deprimidos, entre outros aspectos.
Na maioria das vezes, estas situações só são identificadas em situações extremas, ou seja, em situações de morbilidade em que, o recurso a apoio psicológico/psiquiátrico é determinante.

Material e métodos
Trata-se de um estudo exploratório e correlacional de forma longitudinal, durante um período mínimo de quatro anos (2008/2011).
Pretende-se com este trabalho avaliar a capacidade do aluno em termos de gestão das variáveis positivas que integram a saúde mental, monitorizar o consumo de substâncias e efectuar o diagnóstico da morbilidade psiquiátrica.
A população em estudo será constituída pelos alunos que ingressem no curso de licenciatura em Enfermagem a partir do ano lectivo 2007/2008, na Escola superior de Enfermagem do Porto.

Instrumentos a utilizar:
Questionário de saúde mental positiva de Lluch (2003)
Trata-se de um questionário com 39 questões que contém uma série de afirmações sobre a forma de pensar, sentir e agir de cada um, agrupadas em seis dimensões (satisfação pessoal, atitude positiva, auto-controlo, autonomia, capacidade de realização de problemas e habilidades de realização interpessoal), que oferece aos inquiridos quatro possibilidades de resposta (sempre ou quase sempre; com bastante frequência, algumas vezes, quase nunca ou nunca.
European School Survey on Alcohol and other Drugs (ESPAD/2007) - Direcção Geral de Saúde, Dra. Fernanda Feijão - Coordenador do ESPAD Portugal.
Deste questionário serão apenas utilizados os itens:
Substâncias psicoactivas Lícitas (álcool e tabaco);
Produtos farmacêuticos (sedativos, tranquilizantes, hipnóticos,...);
Substâncias psicoactivas ilícitas (Haxixe, erva, ecstasy, anfetaminas, ...).
Em cada item será avaliado o consumo, a frequência, o contexto e a motivação.
Inventário de Saúde Mental (ISM) de Ribeiro (1999).
O ISM é um questionário de auto-resposta, que inclui 38 itens, com cinco a seis possibilidades de resposta.
Os 38 itens distribuem-se por cinco escalas (ansiedade, depressão, perda de controlo emocional, afecto positivo e laços emocionais), que por sua vez, se agrupam em duas grandes dimensões: o Distress psicológico e o Bem-estar psicológico

Protocolo de colheita de dados
Inicio de 2008 – primeira avaliação. Nesta avaliação serão identificados os alunos que apresentam risco de mobilidade psiquiátrica, consumo de substâncias psicoactivas e/ou morbilidade psiquiátrica. Será elaborado um plano de intervenção individual para cada aluno com a sua concordância. Este plano será avaliado semestralmente.
Maio de 2008 – segunda avaliação;
Maio de 2009 – terceira avaliação;
Maio de 2010 – quarta avaliação;
Maio de 2011 – quita avaliação.
Em cada avaliação será efectuado um processo idêntico ao descrito na primeira avaliação.
Serão respeitados todos os princípios éticos inerentes a um trabalho de investigação, no qual, a participação será voluntária e cada participante pode desistir a qualquer momento, sem que daí advenha qualquer prejuízo para o mesmo.
Já se obteve a devida autorização para a aplicação dos instrumentos (autorização dos autores e da instituição onde se concretiza o trabalho).

Análise de dados
Os dados recolhidos serão editados pelo investigador numa base especificamente criada para o efeito no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 13.0 do Windows.
A edição dos dados pessoais, que identifique os alunos, será efectuada separadamente da base geral dos mesmos, para garantir a sua confidencialidade.
O conjunto das informações recolhidas será inicialmente analisado de acordo com a metodologia descritiva usual, após a sua informatização.
Após a avaliação das características de distribuição amostral, as variáveis quantitativas contínuas serão descritas através de medidas de tendência central (médias) e dispersão (desvio padrão), se normalmente distribuídas, e recorrendo à mediana, âmbito de variação e quartis, nas que apresentem outro tipo de distribuição, nomeadamente após tentativa de transformação. As variáveis quantitativas serão comparadas pela prova t de Student, análise de variância (ANOVA) e coeficiente de correlação de Pearson ou equivalentes não paramétricos.
Para analisar a associação entre variáveis nominais, as distribuições de frequências serão estudadas recorrendo ao teste Qui-Quadrado (c2), com correcção de Yates, quando o valor esperado em algumas células for inferior a 20 e quando esse valor for inferior a cinco utiliza-se a técnica exacta de Fischer.
No estudo de validação dos instrumentos, a consistência interna é avaliada através do alfa de Cronbach e a determinação do número de factores é efectuada com o recurso à análise dos componentes principais com rotação ortogonal segundo o método Varimáx.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Associação Americana de Psiquiatria. (1996). Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (4ª Edição). Lisboa: Climepsi Editores.
Faria, M. C. S. (1999). Comunicação e bem-estar no limiar do século XXI, conhecer através da relação e orientar para a saúde. Tese de Doutoramento, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, Coimbra.
Fernandez-Rios, L., Buela-Casal, G. (1997). El concepto de salud / enfermedad. In G. Buela-Casal, L. Fernández-Ríos, T. Carrasco (Eds.). Psicología Preventiva. Avances recientes en técnicas y programas de prevención, Madrid: Pirámide.
Ferros, L. (2003) – Jovens, drogas e famílias – uma breve revisão da literatura. Revista toxicodependências, Instituto da Droga e Toxicodependência, vol. 9 (2), 71-83.
Gloria, N. M., Teresa, L. C., Dolores, M. L. (1991). Enfermería psico-social II. Barcelona: salvat Editores, S. A.
Johnson, M., Bulechek, G., McCloskey, J., Mass, M., e Moorhead, S. (2005). Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem – Ligação entre NANDA, NOC e NIC. S. Paulo: Editora Artemed.
Lluch, M. T. (2002). Evaluación empírica de un modelo conceptual de salud mental positiva. Salud Mental, 25, 42-55.
Lluch, M. T. (2003). Construcción y análisis psicométrico de un cuestionario para evaluar la salud mental positiva. Psicología Conductal, vol. 11 (1), 61-78.
OMS (1998). Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10 – critérios diagnósticos para pesquisa. Porto Alegre: Artes Médicas.
OMS (1998a). Salud 21: una introducción al marco político de salud para todos de la Región Europea de la OMS. Madrid: Ministerio de Sanidad y Consumo
OMS (1999). Glossaire de la promotion de la santé. Geneva: OMS.
OMS (2001). Relatório sobre a saúde no mundo – saúde mental: nova concepção, nova esperança. Geneva: OMS.
Ribeiro, J. L. P. (1999). Escala de Satisfação com o Suporte Social. Análise Psicológica. Vol. 17. (3), 547-558.
Ribeiro, J. L. P. (2001). Mental Health Inventory: Um Estudo de Adaptação. Psicologia: Saúde & Doenças, vol. 2 (2),77-99.
SAMPAIO,D. - A Cinza do Tempo. Lisboa: Editorial Caminho. 1997.
SAMPAIO,D. - Inventem-se Novos Pais. Lisboa: Caminho. 1994.
Schuckit, M. A. (1998). Abuso de álcool e drogas. Lisboa: Climepsi Editores.
Sequeira, C. (2001). Prevalência dos comportamentos de risco e a ocorrência/gravidade do politraumatizado. Tese de mestrado, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Porto.
Sequeira, C. (2006). Introdução à prática clínica. Coimbra: Quarteto Editora.
Sequeira, C. (2007). Cuidar de idosos dependentes. Coimbra: Quarteto Editora.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Livro: Introdução à prática clínica

Título do Livro

INTRODUÇÃO À PRÁTICA CLÍNICA: DO DIAGNÓSTICO À INTERVENÇÃO EM ENFERMAGEM DE SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA.

AUTOR:
Carlos Alberto da Cruz Sequeira
Professor Adjunto: Escola Superior de Enfermagem de São João
Especialista em Enfermagem Saúde Mental e Psiquiátrica
Doutor em Ciências de Enfermagem
Mail: carlossequeira@esenf.pt

Apresentação do livro
Este livro surge na necessidade de compilar um conjunto de informação relevante para a prática de Enfermagem, no contexto da Saúde Mental e Psiquiatria. Não se pretende com o mesmo, abordar de uma forma exaustiva as diferentes problemáticas expostas, nem tão pouco limitar o campo de observação às mesmas, apenas se pretende fornecer um instrumento aglutinador de alguns conhecimentos considerados fundamentais e relevantes para a prática, fomentando o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo.

Está essencialmente direccionado para a prática clínica com ênfase para o processo diagnóstico (com base na metodologia proposta na CIPE), no qual se incluem os dados relevantes/critérios de diagnóstico, a apresentação do diagnóstico, as intervenções de Enfermagem e a descrição das actividades que permitem a sua concretização.

Os diagnósticos e as intervenções de Enfermagem descritas neste livro tiveram por matriz a metodologia e a linguagem preconizada pela Classificação Internacional Para Prática de Enfermagem (CIPE) em articulação com a Classificação Internacional das Intervenções de Enfermagem (NIC) e a Classificação Internacional dos Resultados de Enfermagem (NOC).
O seu contributo no Contexto da Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria, reside nas possibilidades de documentação e reflexão do trabalho autónomo do Enfermeiro sobre a forma de Diagnósticos e Intervenções, de modo a facilitar a construção de indicadores de qualidade de acordo com os ganhos associados ao trabalho dos Enfermeiros, permitindo descriminar as práticas de qualidade e a importância do Enfermeiro Especialista em SMP, na optimização das respostas às necessidades das pessoas com alterações do aparelho psíquico.
A revalorização das práticas dos enfermeiros terá como consequência: a promoção da saúde mental, a redução da morbilidade, a diminuição dos custos associados e uma maior satisfação dos profissionais.
Assim, devem-se privilegiar as práticas assistênciais mais adequadas ao perfil epidemiológico das sociedades modernas de forma a promover a participação das pessoas com doença mental na sociedade (Cidadania), para as quais a CIPE fornece mais valias, pela via do incentivo à reflexão, da uniformação da linguagem, das possibilidades de comparação dos dados, do incentivo à investigação, e da possibilidade de aferição dos resultados, a partir dos quais, se poderão seleccionar as intervenções que apresentem uma maior eficácia na promoção da saúde das populações.

É constituído por uma parte teórica que enquadra a Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria, pela teorização sobre alguns focos de atenção no domínio do auto-conhecimento e da relação e pela descrição dos DIAGNÓSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM nos seguintes domínios:
CONSCIÊNCIA;
PENSAMENTO;
MEMÓRIA;
ORIENTAÇÃO;
APRENDIZAGEM;
HUMOR;
VONTADE DE VIVER;
IMAGEM CORPORAL;
AUTO-ESTIMA;
AUTOCONTROLO;
COPING;
STRESSE;
ANSIEDADE;
TRISTEZA;
SOLIDÃO;
EUFORIA;
OBSESSÃO;
ALUCINAÇÃO;
INSÓNIA;
AGITAÇÃO;
CONVULSÃO;
DOR;
TENTATIVA DE SUICÍDIO;
USO DE ÁLCOOL;
USO DE DROGAS;
INTERACÇÃO SOCIAL/RELAÇÃO.
É um livro orientado para os enfermeiros do contexto da Saúde mental e Psiquiatria, mas que também pode fornecer contributos para os enfermeiros de outros contextos (oncologia, comunidade, etc.).

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Livro: Cuidar de idosos dependentes

Apresentação do livro:



CUIDAR DE IDOSOS DEPENDENTES

O presente livro tem como finalidade contribuir para a divulgação do conhecimento sobre o processo de cuidar, principalmente, quando este tem como alvo uma pessoa com dependência de causa física e/ou mental, pelo que se espera proporcionar uma ferramenta útil, e promotora da discussão para todos aqueles que se interessam por esta área.

Sintetizam-se conhecimentos sobre o contexto em que se insere o prestador de cuidados (cuidador informal), numa viagem breve pelo: Envelhecimento, demências, tipos de família, cuidadores, níveis de dependência, instrumentos de avaliação do idoso (actividades básicas, instrumentais e avançadas) e do cuidador (principais dificuldades, níveis de sobrecarga, estratégias de coping, fontes de satisfação e o bem-estar), de forma não hermética para os profissionais saúde, o que permite a iniciação a esta temática ou a sua rápida revisão.
Descreve a caracterização dos idosos e cuidadores em Portugal e dedica um capítulo às estratégias de intervenção tendo como alvo os idosos com dependência de causa física/mental e os cuidadores.

Cuidar de familiares (idosos dependentes) constitui um acto de amor da maior relevância que, deve ser incentivado e preservado. É necessário que os profissionais de saúde dediquem uma atenção crescente aos cuidadores, de modo a que, quem cuida não fique por cuidar.

Autor:
Carlos Alberto da Cruz Sequeira (Ph.D.)
Professor na Escola Superior de Enfermagem do Porto
Doutor em Ciências de Enfermagem pelo ICBAS-UP.
Autor de uma tese de doutoramento intitulada “o aparecimento de uma perturbação demencial e suas repercussões na família”.
Contactos: carlossequeira@clix.pt

Sequeira, Carlos (2007). CUIDAR DE IDOSOS DEPENDENTES. Coimbra: Quarteto editora. ISBN 978-989-558-092-7. (310 páginas)

Links onde se pode encontrar o Livro:

http://www.fnac.pt/pt/Catalog/Detail.aspx?cIndex=0&catalog=livros&categoryN=Livros&category=psicologia&product=9789895580927

http://www.centralivros.pt/detalhe_livro.asp?id=10070

http://www.livpsic.com/v3/detalhe01.php?id=60646&classificar=s